Como sabem, peço fatura de tudo com número de contribuinte. Até do café. Não me custa nada. Uso um cartão tipo multibanco com o meu número e entrego na altura do pagamento e já está. Não digo o meu NIF em voz alta há muitos meses. Só quando me esqueço da carteira.
Já todos sabemos que pedir fatura com Número de Contribuinte tem benefícios fiscais, que ajuda a combater a fraude e evasão fiscais e por aí fora. Mas desta vez foi um benefício mais palpável.
Comprei uma peça para a sala mas depois de a experimentar as medidas não eram as corretas. Portanto, o caminho normal – como sempre – era devolver à loja. Certifiquei-me no momento da compra que devolviam ou trocavam num prazo de 14 dias sem ter de apresentar justificações. Assim fiz. Mas surgiu um problema.
Por engano, foi parar ao lixo juntamente com outros talões que não eram relevantes. A peça não tinha custado uma fortuna mas mesmo assim eram 22,99 €. É dinheiro. Já estava resignado a ter de ficar com a peça e sem o dinheiro quando a minha mulher insistiu comigo. – “Vai lá e depois logo se vê. Pelo menos tentas…”. Assim fiz.
Como devem imaginar, quando regresso a uma loja com uma reclamação ou para acionar uma Garantia ou coisa do género gosto de levar tudo certinho para não haver confusões. Neste caso, ia sem nada. Só o produto. Será que ia conseguir alguma coisa?
Expliquei à funcionária a situação o mais clara e sinceramente que consegui e perguntei (sabendo que a resposta mais certa era “Não”) se aceitavam a devolução. Levava o extrato bancário com o dia e o valor da peça, uma vez que paguei por multibanco. Dizia o nome da empresa. Ao menos isso. Mas a senhora insistia que precisava da fatura. Sem isso não conseguia abrir o processo de devolução.
Lembrei-me então que peço SEMPRE fatura com Número de Contribuinte. Perguntei-lhe se com o número de contribuinte e a data não conseguia chegar ao número da fatura e imprimir uma segunda via. Sim. Com o número de contribuinte chegou à fatura em segundos. Não costumo dar o nome, mas como fizeram a ficha naquele dia até tinham o nome. Resultado? Em poucos minutos devolveram-me o dinheiro e fiquei satisfeito com o atendimento da loja. Sem a fatura em papel.
Vale a pena pedir sempre fatura com NIF, porque nunca se sabe quando precisamos provar que comprámos ou estivemos em algum local numa determinada data. Por ter dado o NIF naquele dia “poupei” 22,99 €. Muito mais do que o equivalente a umas centenas de cafés e pastéis de nata. Podia ter sido um frigorífico ou uma coisa ainda mais cara. Confirmei com este pequeno episódio que financeiramente continua a compensar pedir fatura com NIF. Não me vou meter na discussão da privacidade e dos nossos dados. Compreendo perfeitamente esse argumento e só tenho de o respeitar. É uma decisão pessoal.
A outra lição é que as empresas “amigas” do cliente ganham mais do que perdem quando se preocupam com o cliente e o ajudam nas suas dificuldades. A funcionária podia ter dito “Lamento. Não dá”. Mas esforçou-se e saí de lá satisfeito, mesmo não tendo realizado aquela compra. Fico com vontade de voltar porque sei que não há um muro do outro lado.
Outra forma de não perder as faturas é usar esta app que falei recentemente numa reportagem. Confesso que achei que não valia a pena fotografar a fatura porque ia devolvê-la. Se o tivesse feito, iria lá com a foto imprimida, ou não tinha hesitado tanto. Mas enfim, por acaso esta história acabou bem, porque pedi fatura com NIF. Não perdi 22,99 €! Sempre são 50 litros de leite…
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